domingo, 27 de fevereiro de 2011

Crónica: A Evolução do Vestuário… no Antigo Egipto.

Hoje vamos dar continuidade à historia da evolução do vestuário ao longo dos séculos, com a segunda crónica. Cujo autor é o Dr. Henrique Monteiro, professor e escritor.
O Egipto tão em voga ontem como hoje… porém por motivos diferentes.
Augusta.

O vestuário no Antigo Egipto


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Mais que o toque do tecido, ou o volume da cor, os egípcios amavam, sobretudo, a beleza áurea do corpo.



A História do Egipto tem cerca de 3.500 anos. No entanto, não é muito difícil imaginar, reconstituir e reproduzir o vestuário do Antigo Egipto, uma vez que os artistas da época deixaram para a posteridade inúmeras e esplendorosas imagens de figuras humanas.
O clima do Egipto, quente e beijado pelo sol, determinou que o calor dos corpos exigisse roupas leves, tecidos finos. As mãos femininas, leves e finas também, desde senhoras do harém real a esposas de camponeses, impulsionaram a manufactura têxtil, a costura e o aparecimento do que se convencionou designar pelo termo moda.
O uso de roupas no Egipto Antigo servia para distinguir as classes. As dos estratos mais baixos e os escravos andavam quase completamente sem roupas, o que era encarado com naturalidade.

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A maioria das roupas era feita de linho, fiado do caule da planta do mesmo nome. Os fios eram torcidos e enrolados em bolas, sendo armazenadas para serem tecidas. Poucas peças eram feitas em lã e o algodão só foi introduzido no período cristão.
O uso de fibras animais era considerado impuro para a manufactura de roupas. Os tipos de roupa mais usados foram o chanti, espécie de tanga; o haik, túnica longa para as mulheres e o kalasires, sobre-túnica transparente, usada sobre o haik ou o chanti.

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Diferentes da actualidade, as roupas das mulheres egípcias eram mais conservadoras do que as masculinas. As túnicas femininas eram rectangulares e longas com uma abertura para passar a cabeça. O pano era dobrado ao meio, deixando aberturas para os braços, podendo cobrir um ou dois ombros ou ser recortada em tiras nos ombros. A parte superior da túnica ficava a qualquer altura ente o pescoço e logo abaixo dos seios, chegando, por vezes, aos tornozelos.

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O xale, ou sari era muito popular entre a classe alta, consistindo num pedaço de pano de um a dois metros de largura por quatro de comprimento.
Acessórios comuns incluíam uma capa plissada e uma longa faixa colorida, roçando o chão pela frente.
As mulheres nobres usavam e abusavam de jóias e adereços: colares, anéis, tornozeleiras, braceletes, bordados com contas, perucas de linho ou palmeira, cosméticos, óleos aromáticos, espelhos.

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Concluindo, as mulheres egípcias amavam a beleza e a elegância, sendo muito vaidosas. Que o digam os banhos perfumados nas residências nobres ou nas tépidas águas do Nilo.
A deusa Hathor era muito venerada, ou não fosse ela a deusa da roupa, dos cosméticos e da poesia de amor…
Henrique Monteiro
Prof./Editor/Escritor

Até breve…
Augusta.

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