MUNDO
MULHER
WORLD WOMAN
MONDO DONNA
MUNDO MUJER
MONDE FEMME
WELT FRAU
Maria Callas
“Esta mulher pode cantar
qualquer coisa escrita para
a voz feminina”.
Maestro Tulio Serafin
Maria Callas (Maria Cecilia Sofia Anna Kalogeropoulou), filha de emigrantes gregos, nasceu
Quatro anos mais tarde começava a
cantar profissionalmente, com a Companhia de Teatro Lírico de Atenas, estreando-se, em 1941, na Ópera de Atenas com a “Tosca” de Puccini. Nos quatro anos seguintes apresenta-se nas óperas
Tiefland, Cavalleria Rusticana, Fidelio e Der Bettelstudent.
Em 1945 voltou para Nova York com o intuito de
iniciar uma carreira de sucesso na ópera. Não tendo conseguido o contrato para
atuar no Metropolitan Opera na temporada de 1946/7, regressou à Europa.
Em 1947,
estreou-se em Itália, na Arena de Verona,
com "La Gioconda "
de Ponchielli, sob a direção do maestro Tulio Serafin. Em
1948, notabiliza-se com a sua interpretação admirável como
protagonista da ópera “Norma” de Bellini, em Florença.
No ano seguinte,
a sua interpretação, na mesma semana, das récitas de “I Puritani” de Bellini e
“Die Walküre” de Wagner, tornou-a
conhecida mundialmente.
Em 21 de abril de 1949,
casou-se em Verona, Itália, com
Giovanni Battista Meneghini, 30 anos mais velho do que ela, e que se tornou seu
empresário.
A partir de 1950, Maria
Callas começou a apresentar as suas mais brilhantes atuações nas mais
importantes casas de espetáculo dedicadas à ópera, tais como La Scala , Convent Garden e
Metropolitan. São os anos dourados da sua carreira e da sua fama a nível
internacional. Trabalhava intensamente e, em mais de uma ocasião, subiu aos
palcos contra a recomendação de seus médicos.
Maria Callas
possuía uma voz poderosa, com uma amplitude fora do comum, um timbre único e emblemático.
Esta ampla extensão vocal aliada ao perfeito domínio das técnicas do canto
lírico, aos grandes dons dramáticos (a habilidade de expressar na sua voz as
emoções e representar no palco as particularidades psicológicas das suas
personagens), à recuperação de óperas há muito esquecidas e por ela
interpretadas, transformaram-na na maior
soprano da história do estilo lírico e na mais famosa intérprete operística do
século XX. Daí o nome “A Divina”.
Em 1958, Maria Callas atuou no Teatro Nacional de São Carlos que encantou e que, naturalmente, fez as primeiras páginas dos jornais da altura.
Em 1958, Maria Callas atuou no Teatro Nacional de São Carlos que encantou e que, naturalmente, fez as primeiras páginas dos jornais da altura.
Em 1959
divorcia-se de Meneghini. Manteve, em seguida, uma relação de nove anos com o
milionário grego Aristóteles Onassis, junto a quem não encontrou a felicidade.
Esta relação provocar-lhe-ia uma instabilidade emocional. Procurando dedicar-se
inteiramente a Onassis, tornou -se figura assídua em noites de festa, parou de
ensaiar, adiou e cancelou apresentações.
No final desta década,
a sua voz começa a apresentar sinais de declínio. As suas participações em
óperas completas foram rareando. A sua carreira passa a limitar-se a recitais e
noites de gala.
Em 1964,
volta aos palcos com “Tosca”, no Convent Garden, tendo como seu parceiro Tito
Gobbi.
Em 1965,
ocorre a sua última participação numa ópera completa – a apresentação de “Norma” na Ópera de Paris.
A sua saúde e voz debilitadas não lhe permitem chegar ao fim, desmaiando no fim
da terceira parte.
Em 1968,
Onassis casa não com Maria Callas,
como ela esperava, mas com Jackie Kennedy. Tal contribuiu ainda mais para a sua
instabilidade emocional.
No início dos anos 70,
passou a dedicar-se ao ensino de música na Juilliard School de Nova Iorque e, em
25 de maio, foi levada à pressa para o hospital, sendo anunciado que tentara cometer
suicídio tomando excesso de barbitúricos.
Em 1973, retornou aos palcos para realizar uma
série de concertos pela Europa, Estados Unidos e Extremo Oriente ao lado do
tenor Giuseppe di Stefano.
Contudo,
a sua voz já não tinha o mesmo vigor. Em
11 de novembro de 1974, cantou em público pela última vez na cidade de Sapporo,
no Japão.
Onassis,
com graves problemas de saúde, morre em
15 de março de 1975. A sua morte é considerada um dos principais fatores
que contribuiu para o declínio físico e psicológico de Maria Callas. Esta
procura isolar-se do mundo, passando a viver na Avenue Georges Mandel, em
Paris, com a companhia da governanta e do motorista.
Em 16 de setembro de 1977,
pouco antes de completar 54 anos, no seu apartamento em Paris, morre sozinha, na sequência de um
ataque cardíaco, provavelmente devido a ingestão
excessiva de tranquilizantes.
O seu funeral foi realizado em 20 de
setembro. Maria Callas foi cremada e os seus restos mantidos no
cemitério de Père Lachaise, em Paris.
Na primavera de 1979, as
suas cinzas foram levadas para a Grécia e espalhadas no mar Egeu, como era seu
desejo.
Henrique Monteiro
Prof./Editor/Escritor
Até breve...Augusta.
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