MUNDO MULHER
WORLD WOMAN
MONDO DONNA
MUNDO MUJER
MONDE FEMME
WELT FRAU
"Suggia
é soberbamente temperamental, sendo sempre ela que dirige o seu temperamento,
sem nunca ser dirigida por ele. No Concerto de Schumann anima com o fogo da sua
personalidade o que de outro modo ficaria morto; com a esplêndida largueza de
arco e a vivacidade do seu som, Suggia dá alento e brilho à peça."
Guilhermina Suggia
nasceu em 27 de junho de 1885, na freguesia de S. Nicolau, no Porto.
Esta
“ menina prodígio” começou a estudar violoncelo em Portugal, aos cinco anos,
tendo o seu pai, Augusto Jorge de Médin Suggia, violoncelista no Real Teatro de
S. Carlos e professor no Conservatório de Música de Lisboa, sido o seu primeiro
professor.
Com
apenas 13 anos era violoncelista
principal da Orquestra da cidade do Porto, tendo dois anos mais tarde,
atuado no Palácio Real de Lisboa.
Em 1901,
Suggia parte para Leipzig com uma
bolsa concedida pela rainha D. Amélia para estudar
sob a orientação do célebre professor Julins Klengel que, imediatamente, a
considera uma celebridade.
A
vida de Suggia transforma-se rapidamente e, a partir desta altura, é acolhida
nas melhores salas de concerto da Europa, como Haia, Amesterdão, Viena e Paris
onde se encontra em 1906. Aqui conhece o
violoncelista Pablo Casais com quem tem uma relação amorosa, passando a
viver juntos na Villa Molitor, onde deram extraordinários serões musicais.
Contudo, esta relação amorosa termina em 1913. Guilhermina mudar-se-á para
Londres no ano seguinte e Casais casar-se-á com uma cantora norte – americana.
Em Londres
tocou com a Royal Philharmonic Society,
a BBC Orchestra e a London Symphony Orchestra, tendo dado concertos no Royal
Albert Hall.
As
suas entradas em palco ficaram célebres, surgindo como uma prima-dona
esplendorosa, imponente, magnetizando o público ao unir a técnica a e a
compreensão absoluta da obra.
Apesar
de se manter ligada à capital inglesa, casou
no Porto com o médico José Casimiro Carteado Mena. Possuía ainda uma casa
em Leça da Palmeira, para onde, conduzindo o seu Renaut preto, se dirigia com
um dos seus cães, Mona ou Sandy, e o violoncelo. Era possuidora dum humor
britânico e, ao contrário das senhoras do Porto, já praticava ténis, remo e
natação.
Durante a Segunda Guerra Mundial
Suggia permanece mais em Portugal, tendo
sido solista no concerto de apresentação da Orquestra Sinfónica do Conservatório
de Música do Porto. Ao mesmo tempo, reforçou os laços musicais com
compositores musicais portugueses e em
31 de maio de 1950 tocou, pela última vez em público, num recital no Teatro
Aveirense.
Em junho
foi sujeita a uma cirurgia numa clínica de Londres, onde lhe foi detetado um
cancro inoperável.
Acarinhada pelos amigos e pela própria rainha da Inglaterra que lhe enviou um bilhete e flores, viria a falecer no Porto, na noite de 30 de julho de 1950.
Acarinhada pelos amigos e pela própria rainha da Inglaterra que lhe enviou um bilhete e flores, viria a falecer no Porto, na noite de 30 de julho de 1950.
Henrique Monteiro
Prof./Editor/Escritor
Até breve...Augusta.
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