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WELT FRAU
Anna Pavlova
"Deus dá o talento, mas é o
trabalho que transforma o
talento em génio."
Anna Pavlova
Anna nasceu em S. Petersburgo em 3
de janeiro de 1881, filha de mãe solteira, no seio de
uma família de camponeses pobres. O seu pai terá sido um soldado judeu e, mais
tarde, comerciante.
Aos oito anos, como prenda de aniversário, a mãe levou-a a
assistir ao espetáculo de balé “ A Bela Adormecida”. A sua emoção foi tal que,
a partir desse dia, decidiu que se dedicaria à dança.
Em 1891, com dez anos, ingressou na academia, revelando um grande
talento para a dança clássica.
Graduou-se em 1899,
com dezoito anos, ingressando no “ Balé
Imperial Russo” de S. Petersburgo.
O
maestro Marius Ivanovich Petipa fez dela em 1902 a segunda solista; em 1905 a
"Première Danseuse" e em 1906 "Prima Ballerina".
A sua figura, graciosa e delicada, e o
seu modo muito particular de dançar fê-la ganhar destaque nos balés e arrebatar
plateias entusiastas.
Em 1908
estreou-se em Paris, com o Ballets Russes, passando a dividir o seu talento
entre as turnês e o teatro Mariinsky. Contudo,
o seu maior sucesso acontecera três anos antes com o solo de “ A Morte do
Cisne” que viria a ser a sua dança de inconfundível marca.
Em 1913
largou o “Balé Imperial” e passa a apresentar-se por sua própria conta, tendo
como empresário Victor d’ André, com quem se viria a casar em 1914.
Durante a guerra de 1914-18,
passeou o seu talento pelos EUA, América do Sul, Ásia, Oriente e África do Sul,
designadamente Índia, Egito, China, Austrália, Cuba e Filipinas. Dançou para
reis, rainhas, imperadores, sendo considerada uma figura única, com estilo
próprio, estonteante e seguro, pleno de loucura estética, tornando o balé
popular por todos os sítios onde passava.
Durante
toda a sua carreira, Anna Pavlova viajou cerca de 500 mil milhas, dançou em
3650 espetáculos e participou em mais de 2000 ensaios, gastando uma média de
2000 pares de sapatos por ano.
Morreu
vítima de pneumonia em 23 de janeiro de
1931, no auge da fama e próxima de completar 50 anos.
Segundo
testemunhas, as suas últimas palavras, após pedir que lhe preparassem o seu
traje de “ A Morte do Cisne” foram:”Execute o último compasso bem suave”.
É, ainda hoje, considerada a maior bailarina da
época moderna.
Henrique Monteiro
Prof./Editor/Escritor
Até breve...Augusta.
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