
O surgimento
desta festa poderá entroncar na Grécia,
nos anos 600 a 520 a.C., quando os gregos realizavam culto aos deuses, agradecendo
as abundantes colheitas com festas teatralizadas de espírito satírico,
criticando os governantes.
Em Roma,
as comemorações do carnaval ocorriam entre novembro e dezembro. Consistiam em
corridas de cavalos, desfiles de carros, corridas de corcundas e muito sexo e
bebida.
Esta
festa de origem pagã, condenada pela Igreja, acabou em 590 por ser adotada pela Igreja Católica, passando a ser
comemorada através de ritos oficiais que fizeram desaparecer os “pecaminosos
atos e excessos” pagãos.
No século XVI,
durante o Concílio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular, com a
permissão pelo Papa de autorizar um baile de máscaras em frente ao seu palácio.
O carnaval passou a ser uma festa de caráter artístico, com bailes e desfiles alegóricos.
Relativamente à origem do termo
“carnaval”, uma
das hipóteses é que a palavra é oriunda do vocábulo latino “carrum navalis”, que eram os carros
navais que faziam a abertura das Dionísias Gregas, nos séculos VII a.C. e VI
a.C., e das festas em honra do deus Saturno em Roma. Daí o termo “carnevale”.
Outra hipótese
entronca na implantação da Semana Santa
pela Igreja Católica no século XI. A igreja determinou que a folia
carnavalesca deveria ser realizada antes do início da Quaresma, período de
jejum e abstinência que antecede a Páscoa. Os festejos carnavalescos acabariam
por se restringir aos três dias que antecedem a quarta feira de cinzas,
primeiro dia quaresmal, marcado pela proibição de comer carne – “adeus à carne”, – originário da
expressão latina”carne vale”, donde
surgiu a palavra “carnaval”.
Com o decorrer do tempo,
estes festejos passam a ser comemorados em várias cidades europeias,
estendendo-se, posteriormente, a outros continentes, com diversificados
matizes.
Com
o seu colorido, danças, desfiles, música, máscaras e escritos satirizando
políticos, críticas muitas vezes recalcadas, o carnaval imbuído de espírito de
liberdade, igualdade, alegria, convívio e arrojo no dizer e vestir, rapidamente
se espalhou à escala mundial.
Henrique Monteiro
Prof./Editor/Escritor
Até breve...Augusta.
Sem comentários:
Enviar um comentário