domingo, 7 de agosto de 2011

Crónica: A Evolução do Vestuário... na Época Contemporânea (século XIX)...

O século XIX ficou marcado pela ostentação, riqueza e extravagância. Contudo, foi também um período importante para a moda, uma vez que se introduziram mudanças significativas que acentuaram a elegância e liberdade femininas, rumo ao etéreo sonho da beleza.


Iremos, nas próximas crónicas, falar da evolução do vestuário feminino do século XIX aos nossos dias, abrangendo assim o período designado por Idade Contemporânea, divisão esquemática da História da Europa, que se inicia com a Revolução Francesa (1789) e continua pelos nossos dias.
Na presente crónica iremos abordar a moda feminina no século XIX.

A Revolução Industrial, iniciada no século anterior, vai provocar por todo o mundo uma grande evolução e profundas transformações sociais. Acabou a sociedade de ordens do Antigo Regime e reconheceu-se a igualdade de todos perante a lei na chamada sociedade de classes, composta pela alta burguesia, pelas classes médias e pelo “proletariado”. Nesta, o poder da burguesia cresceu gradualmente a todos os níveis.
A Revolução Industrial implicou, ainda, o crescimento de fábricas e a organização racional do trabalho, o que vai levar à produção em massa e ao crescimento industrial, revolucionando, entre outras, a técnica de fabrico de tecidos e roupas.
A burguesia impôs a sua moda.
 Os trajes da mulher sofreram grandes modificações, adoptando, gradualmente, um estilo mais leve. Reapareceu o mirinaque. As saias que apertavam por baixo do peito e que caíam até aos pés à largura do corpo tornaram-se mais curtas. Utilizavam-se camisas ou túnicas com mangas largas e em balão. Os penteados eram geralmente tranças compridas e também se utilizavam redes no cabelo. Os sapatos eram abertos com fitas cruzadas, usando-se, também, muito os leques.

Contudo, este estilo foi abandonado com a entrada na Europa da moda inglesa da rainha Vitória. Os "Trajes Vitorianos"caracterizavam-se por um estilo do decote mais fechado, vestidos de cintura mais baixa, que caíam por cima da armação até aos pés.
A grande produção e venda da roupa inglesa inspiraram o Mundo a adaptar este estilo ao seu guarda-roupa. A mulher continuou a usar o espartilho para afirmar a cintura. As mulheres cobriam a cabeça com redes amarradas com laços, e levavam uma pequena bolsa, luvas e uma sombrinha de dia.



Porém, a rainha, em 1868, pediu às suas costureiras que lhe fizessem um vestido com cauda em vez de balão. Surgiram, assim, as saias em tournure, ou seja, com caudinha (saia cheia, enorme, que foi recolhida na parte de trás e estendida sobre uma subestrutura, acentuando um maior volume atrás). A linha Princess – tudo na parte de trás – agradou muito às senhoras da alta sociedade.
As mais pobres usavam ancas postiças, o que não dava o mesmo efeito da armação de cauda ou tournure.

Em 1880 as silhuetas tornaram-se ainda mais exageradas e foram embelezadas com ruching e pregas.



Passam-se a usar, também, os chamados Vestidos Tea  Liberty: vestidos mais simples, usados em casa para cumprimentar os convidados e para os ambientes mais íntimos.



A partir da década de 90, a moda feminina tornou-se mais simples e menos extravagante e a silhueta torna-se mais esbelta. O novo ideal de mulher devia ter o peito erguido e coxas salientes. A saia do vestido toma a forma de funil, acentuando a cintura, e vulgarizam-se as mangas bufantes. Ficou conhecido como o vestido de recepção.

Peças do vestuário deste século permanecem actuais, sendo fonte de inspiração de vários estilistas consagrados – Casa Alexander McQueen, Christian Dior – são disso  exemplo nos seus mediáticos desfiles.








Henrique Monteiro
Prof./Editor/Escritor

Até breve...
Augusta.

1 comentário:

  1. bem eu isabella de 13 anos de idade ,achei que issa explicaçao sobre a evoluçao do vestuario feminino foi muito boa
    parabens

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