
O período de 1900 a 1914 caracterizou-se pelo viver bem, pela ostentação, pelo luxo e extravagância da classe alta. Paris continuava sendo o centro da alta-costura e os seus famosos costureiros determinavam a moda a seguir. Os seus ateliês eram frequentados pelas aristocratas, pela alta burguesia e atrizes, ostentando nas suas roupas o luxo e riqueza que possuíam.
A moda feminina, na primeira década do século XX, caracterizou-se pela elegância, pelo exagero e ostentação representadas por linhas curvas graciosas e exageradas, pelo volume excessivo, pelas rendas, pérolas, plissados, bordados, lantejoulas, flores, rufos e outros ornamentos.



As blusas eram enfeitadas com pregas e entremeios. As golas eram altas e trabalhadas e os decotes fechados.
A mulher calçava sapatos de biqueira amendoada e botas de cano curto eram comuns para esconder as canelas. Os chapéus e flores faziam parte dos acessórios que adornavam as cabeças de cabeleira abundante e penteada com corpo e ondulações profundas reunida em um topete.
Outros acessórios eram as luvas, peles, leques e sombrinhas davam o toque final e delicado às mulheres.
A alta-costura da época vestia a elite rica, nobres, realeza e atrizes famosas.


Como lazer, o banho de mar tornou-se usual. Para esta prática, os trajes usados eram feitos de malha, na sua maioria fios de lã, e uma capa protetora. Normalmente as mulheres usavam meias e sapatos durante o banho de mar.
A mulher ideal da moda do pré-guerra foi a Gibson Girl, criada pelo artista Charles Dana Gibson para estórias ilustradas de várias revistas populares. Este ícone, representado com os braços nus, um decote baixo, o corpo de espartilho e corpetes, vestidos longos, tornou-se o primeiro padrão nacional de beleza feminina.
Mulheres de estilos individualistas procuraram a independência das tendências de moda. Na década de 1910, as curvas exageradas vão desaparecendo, algumas mulheres abandonam o espartilho. Atrevem-se a desafiar os princípios morais, começando a mostrar o corpo. As golas altas dão lugar a sensuais decotes e as saias ficam mais curtas deixando à vista os tornozelos. Os chapéus, “roda de carroça”de diâmetros colossais, foram abandonados um pouco antes da primeira guerra e a silhueta tornou-se mais estreita e esbelta.
Continua...
Continua...
Henrique Monteiro
Prof./Editor/Escritor
Até breve...
Augusta.
Texto maravilhoso, faz gosto de ler, possuo um Blog voltado para artes, sendo uma delas plástica, e estou montando uma série de posts com uso de telas à óleo, acrílica e aquarela sobre acessórios do século XIX, e tudo que leio sobre, ajuda a entender melhor a época. Parabéns e obrigada por compartilhar tal texto na internet. Cristiane
ResponderEliminar