domingo, 26 de maio de 2013

Mundo Mulher (IX) – Anna Pavlova

MUNDO MULHER
WORLD WOMAN
MONDO DONNA
MUNDO MUJER
MONDE FEMME
WELT FRAU

Anna Pavlova






"Deus dá o talento, mas é o
trabalho que transforma o
talento em génio."
 
                                           Anna Pavlova



Anna nasceu em S. Petersburgo em 3 de janeiro de 1881, filha de mãe solteira, no seio de uma família de camponeses pobres. O seu pai terá sido um soldado judeu e, mais tarde, comerciante.
Aos oito anos, como prenda de aniversário, a mãe levou-a a assistir ao espetáculo de balé “ A Bela Adormecida”. A sua emoção foi tal que, a partir desse dia, decidiu que se dedicaria à dança.
Em 1891, com dez anos, ingressou na academia, revelando um grande talento para a dança clássica.
Graduou-se em 1899, com dezoito anos, ingressando no “ Balé Imperial Russo” de S. Petersburgo.
O maestro Marius Ivanovich Petipa fez dela em 1902 a segunda solista; em 1905 a "Première Danseuse" e em 1906 "Prima Ballerina".
A sua figura, graciosa e delicada, e o seu modo muito particular de dançar fê-la ganhar destaque nos balés e arrebatar plateias entusiastas.
Em 1908 estreou-se em Paris, com o Ballets Russes, passando a dividir o seu talento entre as turnês e o teatro Mariinsky. Contudo, o seu maior sucesso acontecera três anos antes com o solo de “ A Morte do Cisne” que viria a ser a sua dança de inconfundível marca.
Em 1913 largou o “Balé Imperial” e passa a apresentar-se por sua própria conta, tendo como empresário Victor d’ André, com quem se viria a casar em 1914.
Durante a guerra de 1914-18, passeou o seu talento pelos EUA, América do Sul, Ásia, Oriente e África do Sul, designadamente Índia, Egito, China, Austrália, Cuba e Filipinas. Dançou para reis, rainhas, imperadores, sendo considerada uma figura única, com estilo próprio, estonteante e seguro, pleno de loucura estética, tornando o balé popular por todos os sítios onde passava.
O seu reportório era clássico e convencional, mas gostava de incluir também danças étnicas.
Durante toda a sua carreira, Anna Pavlova viajou cerca de 500 mil milhas, dançou em 3650 espetáculos e participou em mais de 2000 ensaios, gastando uma média de 2000 pares de sapatos por ano.
Morreu vítima de pneumonia em 23 de janeiro de 1931, no auge da fama e próxima de completar 50 anos.
Segundo testemunhas, as suas últimas palavras, após pedir que lhe preparassem o seu traje de “ A Morte do Cisne” foram:”Execute o último compasso bem suave”.
É, ainda hoje, considerada a maior bailarina da época moderna.


Henrique Monteiro
Prof./Editor/Escritor
Até breve...
Augusta.
 

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